Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

Brasilien: „Aufschrei der Ausgeschlossenen 2008″ – Diktaturgegner Waldemar Rossi, Leiter der Arbeiterseelsorge der Erzdiözese Sao Paulos.

Os excluídos ocupam seus espaços

Willy Brandt und sein Diktatur-Amtskollege José Magalhaes Pinto:  http://www.hart-brasilientexte.de/2013/11/19/brasiliens-folter-diktatur1964-1985-mit-wem-bundesausenminister-willy-brandt-damals-bilaterale-vertrage-unterzeichnet-das-massaker-an-stahlarbeitern-unter-gouverneur-jose-magalhaes-pinto/

O 14º Grito dos Excluídos, realizado no último dia 7 de Setembro, revelou que a consciência crítica dos brasileiros avança progressivamente. As iniciativas se multiplicam a cada ano, ganhando espaços em inúmeras cidades de todos os estados do Brasil.Tendo a cidade de Aparecida como seu evento principal, naquele dia cerca de 150 mil romeiros puderam participar das manifestações. Campos de Goytacazes e Rio de Janeiro (RJ); Juiz de Fora, Montes Claros, Itabira, Liberdade e Belo Horizonte (MG); Marília, Cubatáo, Cosmópolis, Grande Sáo Paulo e Campinas (SP) sáo alguns dos bons exemplos.

Entre as denúncias e reivindicações levantadas pelos participantes aparecem: clamores por justiça social, salários decentes; preservaçáo do Cerrado, reforma agrária, náo às barragens agressoras do meio ambiente e à transposiçáo do Rio Sáo Francisco; náo à alta de preços dos alimentos, por saúde pública de qualidade para todos, por um sistema de educaçáo universal e libertador, pela expansáo e mudanças na qualidade do ensino no campo; por uma política nacional de habitações populares, em defesa dos territórios indígenas e quilombolas, denúncias de trabalho forçado e escravo no campo, particularmente no corte da cana de açúcar; contra o pagamento dos serviços da dívida pública, por mudanças nas políticas públicas do governo federal e dos governos estaduais, visando o desenvolvimento interno e a distribuiçáo de rendas; pelo fim da violência na cidade e no campo, em defesa da vida; contra a impunidade dos crimes cometidos pelos políticos e outros criminosos do colarinho branco; por transparência nas eleições, por mudanças profundas no sistema penitenciário e tantos outros gritos deste povo espoliado pelo capital e ignorado pelos políticos.

Destaque para o acontecimento de Montes Claros (MG), onde os participantes do Grito, após as tradicionais celebrações religiosas, caminharam pela cidade dirigindo-se para a avenida onde se realizava o desfile oficial, empunhando faixas e cartazes dos seus clamores, gritando por justiça social. Tendo sido barrados pela polícia local, a populaçáo assistente ao desfile tomou as dores dos marchantes, aplaudindo sua manifestaçáo e protestando contra a açáo impeditiva da polícia, que teve de retroceder e permitir a livre manifestaçáo popular. Em Sáo Paulo, com participaçáo de mais de 5 mil manifestantes, em caminhada por mais de cinco quilômetros até o Monumento ao Grito, os manifestantes denunciaram, entre outros crimes contra os excluídos, a política discriminatória do prefeito Kassab contra a populaçáo moradora da rua que vem sendo enxotada do centro da cidade, assim como a impunidade dos responsáveis pela brutal chacina de moradores de rua, depois de quatro anos do crime bestial.

Destaque negativo para a atitude divisionista protagonizada por alguns movimentos subordinados à defesa da política do governo federal, organizando em Sáo Paulo um segundo Grito, contrário, portanto, ao movimento unificado que se realiza desde 1998 na capital paulista. Uma clara demonstraçáo de que os interesses do povo náo sáo a verdadeira preocupaçáo de tais movimentos, mas sim, e principalmente, a manutençáo de espaços nas esferas da política oficial.

Destaque positivo pelo conjunto do movimento social de todas as cidades, responsáveis pela sua organizaçáo e realizaçáo: pastorais sociais (operária, menores, moradia, juventude, afro, mulheres…), CEBs e outros movimentos ligados às igrejas, trabalhadores rurais e sem terras, moradores de rua, sindicatos classistas, associações de catadores de material reciclável, entidades em defesa dos direitos humanos, professores e trabalhadores da saúde, contando ainda com o apoio de alguns partidos políticos de esquerda.

Como nem tudo sáo flores, as dificuldades encontradas foram muitas, sobretudo na questáo da infra-estrutura, porque a maioria dos municípios é administrada por políticos ligados aos interesses dos exploradores e praticantes das várias discriminações denunciadas. Náo esperamos boa vontade dos detentores do poder. Acreditamos em nossa força organizada e por isso a luta vai continuar, os Gritos seráo cada vez mais fortes e mais coletivos, até que se pratique a justiça neste país.

Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de Sáo Paulo.

http://www.hart-brasilientexte.de/2008/02/17/lynchland-brasilien-meiste-opfer-lebendig-verbrannt/

Dieser Beitrag wurde am Freitag, 19. September 2008 um 16:00 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur, Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

«  –  »

Keine Kommentare

Noch keine Kommentare

Die Kommentarfunktion ist zur Zeit leider deaktiviert.

    NEU: Fotoserie Gesichter Brasiliens

    Fotostrecken Wasserfälle Iguacu und Karneval 2008

    23' K23

interessante Links

Seiten

Ressorts

Suchen


RSS-Feeds

Verwaltung

 

© Klaus Hart – Powered by WordPress – Design: Vlad (aka Perun)