Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

„Anthropologen und Vertreter der Indianervölker verteidigten das Recht der Stämme, über die Kindstötung zu entscheiden.“ (Interlegis – Information des brasilianischen Kongreßsenats) Methoden des Kindermords bei Indianerstämmen Brasiliens.

Para debatedores, Indios devem decidir sobre infanticidio

Antropólogos e representantes de povos indígenas defenderam, nesta quarta-feira, o direito de as tribos decidirem sobre infanticídio. Segundo a representante das mulheres indígenas no Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, Jacimar de Almeida Gouveia (da etnia Kambeba), somente as famílias devem ter essa prerrogativa. Ela explicou que as etnias que tiram a vida de crianças náo percebem o ato como um gesto de crueldade ou de violência, mas como forma de evitar o sofrimento do indivíduo, da família e da aldeia. O tema foi debatido em audiência pública realizada pela Comissáo de Direitos Humanos e Minorias.

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/03/03/hakani-suruwaha-und-der-kindermord-in-brasilien/

Südwestrundfunk SWR über Kindermord und sexuellen Kindesmißbrauch bei Indianerstämmen: http://www.swr.de/swr2/programm/extra/lateinamerika/stimmen/beitrag32.html

http://www.hart-brasilientexte.de/2010/10/18/brasilien-kindsmord-am-amazonas-ard-weltspiegel-berichtet-erstmals-uber-infantizid-bei-brasilianischen-indianerstammen/

A convidada criticou a atuaçáo de organizações náo-governamentais (ONGs) que retiram crianças deficientes das aldeias para levá-las para as cidades. Em sua opiniáo, a retirada das crianças causa mais sofrimento às famílias que o infanticídio por elas praticado. „Quando uma família decide eliminar um de seus membros, é feito um ritual, que tem um significado, e o assunto é encerrado. Ao contrário, quando uma criança é retirada da aldeia a dor náo tem fim, pois eles ficam impedidos de saber qual foi o desfecho“, afirmou.

Na opiniáo de Jacimar Gouveia, o infanticídio náo é o tema mais importante na agenda indígena. Para ela, a desnutriçáo, que acredita ser também uma forma de infanticídio, é mais grave. A debatedora citou como problemas mais importantes a serem discutidos a falta de terras, a migraçáo das aldeias para as periferias urbanas, as precárias condições de saúde e a falta de recursos para uma atuaçáo eficiente das instituições da área indígena, como a Fundaçáo Nacional de Saúde (Funasa) e a Fundaçáo Nacional do Índio (Funai).

Estado infrator
A antropóloga Rita Segato afirmou que o foco da discussáo náo é o direito à vida, nem a moral, nem a ética, mas o papel do Estado. Para ela, a existência de ONGs que se ocupam do assunto revela a incapacidade do Estado de defender a vida. „No Brasil, diariamente policiais matam crianças, adolescentes e adultos“, afirmou.

Segato destacou que a polícia é um órgáo do Estado que deveria proteger o cidadáo, e náo matá-lo ou deixá-lo à mercê da violência. „Que autoridade e que legitimidade tem o Estado brasileiro para legislar sobre a morte de crianças indígenas?“ questionou.

Para a antropóloga, quem deve ser criminalizado é o Estado, por ser „omisso, infrator e assassino“. Conforme sua análise, o Estado mata e deixa matar dezenas de cidadáos diariamente. „No Brasil, náo existe um Estado capaz de cuidar da populaçáo, mas um Estado que só entra em açáo de forma reativa, para castigar e punir. Esse náo é um Estado democrático, mas um Estado inimigo do cidadáo“, avaliou.

Diferenças
O presidente da Fundaçáo Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas Meira, e a representante do Fórum de Defesa dos Direitos Indígenas (IDDI) Valéria Payê defenderam o direito às diferenças culturais. O presidente da Funai destacou que o Brasil tem 222 povos indígenas e que as culturas náo sáo unificadas. „A análise requer cautela, pois o tema é delicado e complexo e náo deve ser reduzido ao julgamento moral das práticas e tradições indígenas“, declarou.

Valéria Payê complementou que os indígenas náo podem se submeter aos padrões morais e culturais dos brancos. „Eles têm direito a uma concepçáo própria de direitos humanos. Por que os povos indígenas deveriam aceitar a visáo dos brancos sobre direitos humanos como a única correta?“ questionou. Por outro lado, citou exemplos de tribos do Pará, na regiáo do Tumukumaki, que decidiram abolir o infanticídio. „Mas isso foi decisáo deles, náo foi imposiçáo externa“, disse.

A coordenadora do Movimento Atini – Voz Pela Vida, professora Márcia Suzuki, e a doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade de Salamanca (Espanha) Maíra de Paula Barreto manifestaram-se contra a prática do infanticídio indígena. Barreto, que desenvolve a tese „Infanticídio e Direitos Humanos“, disse que a defesa dos direitos humanos se sobrepõe às práticas e tradições culturais. Márcia Suzuki completou que onde há sofrimento há violaçáo dos direitos humanos.

Anthropologische Studien mit vielen Details – Methoden der Kindstötung bei Indianerstämmen
Die renommierte Anthropologin Ligia Simonian von der Bundesuniversität in Belèm/Parà hat die Praxis der Kindstötung(Infantizid) bei machistischen brasilianischen Indianerstämmen seit langem intensiv untersucht und darüber immer wieder auch in Büchern entsprechende Feldstudien veröffentlicht.

Die Wissenschaftlerin nennt die verschiedensten gängigen Methoden der Tötung: So wird das betreffende Kind von der Mutter bei den Fußknöcheln gepackt und mit dem Kopf gegen einen Baumstamm geschlagen. Kinder werden zudem mit Pfeilen oder Wurfspießen ermordet; Babies erstickt oder irgendwo im Regenwald noch lebend zurückgelassen. Aus anderen Studien ist bekannt, daß Indianermütter die Kleinkinder lebendig begraben.

Infantizid, so die Wissenschaftlerin, sei ein soziokultureller Imperativ in vielen Gesellschaften und werde u.a. als Strategie der Populationskontrolle, etwa beim Fehlen ausreichender Ressourcen, gerechtfertigt. Der Infantizid könne bei der Geburt, kurz danach oder sogar noch in der Kindheit und Jugend ausgeführt werden. Zu den Gründen zählten die Geburt von Zwillingen, aber auch Motive der Ästhetik. Bekannt ist zudem, daß Albinos gewöhnlich umgebracht werden.
Infantizid, so Simonian, habe es bereits bei den Hindus, Chinesen, Ägyptern, Römern und Griechen gegeben. Auch im Europa des Mittelalters sei der Kindsmord sehr verbreitet gewesen. Trotz vieler moralischer Restriktionen existiere Infantizid weiterhin in zahlreichen Gesellschaften.
Ligia Simonian widmet sich besonders den brasilianischen Stämmen der Amundawa und Urueu-wau-wau. Dabei führt sie eine Reihe von Infantizid-Gründen aus dem Untersuchungszeitraum der neunziger Jahre auf: Mädchen werden getötet, weil sie als Erwachsene in ihrem Stamm nur einen gering bewerteten Status haben. Die Möglichkeit, daß niemand die Vaterschaft für ein Kind erklärt, „rechtfertige” ebenfalls die Tötung. Die Geburt von Zwillingen, Drillingen motiviere den Tod von einem oder allen Neugeborenen “ vor allem dann, wenn die Gruppe häufig den Ort wechsle. Im Falle von Zwillingsgeburten werde gewöhnlich das Mädchen getötet, sofern noch ein Junge mit zur Welt gekommen sei. Außerdem würden mißgebildete Babies getötet.
Zu den Überlegungen der Tötenden zählt laut Simonian, daß Neugeborene die Tötung nicht fühlten, daß Mißgebildete „unnütz” seien. Katholische Missionare hätten den Infantizid unter Stämmen wie den Bororo als barbarischen Akt, als unmoralisch und kriminell charakterisiert.
“„Mauer des Schweigens” aus politischer Korrektheit”
Bemerkenswert, wie die Anthropologin darauf hinweist, daß Forscher über den Kindermord bei Stämmen schlichtweg schweigen.
In der Tat reagieren in Brasilien gerade weibliche Indioforscher regelrecht geschockt, wenn man sie auf politisch unkorrekte Tatsachen aus der Indianerkultur anspricht. Manchen verschlägt es buchstäblich vor Schreck regelrecht erst einmal die Sprache “ andere leiern routiniert herunter, trotz intensiver Feldstudien von all dem nie und nimmer etwas bemerkt, gar gehört zu haben. Ligia Simonian fühlt sich indessen offenbar ausschließlich der Wahrheit verpflichtet.
Wie es in ihren Studien weiter heißt, seien gewöhnlich die Indiofrauen für die Kindstötung verantwortlich, würden daher gelegentlich als widernatürlich und unmenschlich, als gefühlsarm hingestellt.
Die Amundawa und Urueu-wau-wau leben seit den achtziger Jahren im Kontakt mit Nicht-Indios, darunter mit Angestellten der staatlichen Indianerschutzbehörde FUNAI. In der Periode vor der Entdeckung des heutigen Brasilien hätten die Indiomänner die Tötung ausgeführt, erst später die Frauen. Falls eine Mutter das betreffende Kind nicht umbrachte, habe eine andere Frau diese Aufgabe übernommen. Im Falle von deutlichen Mißbildungen seien Babies kurz nach der Geburt getötet worden. Hatten Kinder das Down-Syndrom, stellten Eltern dies gewöhnlich erst später fest und praktizierten dann den Infantizid. Laut Simonian haben viele Nicht-Indios Druck auf die Indianer ausgeübt, aus Gründen der Menschlichkeit, der Religion und selbst angesichts der geringen Zahl der Stammesmitglieder mit dem Infantizid aufzuhören, der als animalische, feige Tat charakterisiert worden sei. Die geringe Zahl von Stammesangehörigen, so die Nicht-Indios, folge schließlich aus der Kindstötung.
Geschildert wird auch folgender Fall: Ein verheirateter Mann schwängert außerehelich zweimal eine andere Frau “ seine eigene Frau ist jedoch nicht einverstanden, daß er sich eine zweite nimmt. Daraufhin werden die beiden unehelichen Kinder getötet.
Simonian beobachtete indessen auch, daß Kritik von Nicht-Indios, darunter Missionaren und FUNAI-Angestellten bewirkten, daß sich Indianer mit einer Adoption von zur Tötung vorgesehenen Kindern durch Nicht-Indios einverstanden erklärten.
Die Zahl der Kindstötungen bei beiden Stämmen nennt die Anthropologin hoch. Zitiert wird ein weiter zurückliegender Fall, bei dem 18 Indianerinnen bestätigten, von ihren insgesamt 98 Kindern exakt 38 Mädchen getötet zu haben. Der Männerüberschuß bei den beiden Stämmen ist beträchtlich.
Berichtet wird zudem ein Fall aus dem kolonialen Venezuela, bei der eine Indianerin die Tötung all ihrer weiblichen Kinder damit begründete, diesen ersparen zu wollen, was sie selbst erlitten habe. Später wären diese Mädchen zwangsläufig zu Ehefrauen geworden, würden durch ihre Indio-Männer ausgebeutet und mißhandelt. Und später, als alte Frauen, hätten sie zudem auch noch die Mißhandlungen durch die neuen, jüngeren Ehefrauen des eigenen Mannes zu ertragen.
Eine Amundawa-Frau, so Simonian, habe 1990 darauf verzichtet, auf Anraten des Bruders ihr Kind unmittelbar nach der Geburt zu töten. Der Bruder habe ihr geraten, den Vater des Kindes aufzusuchen und argumentiert, daß die Weißen ihre Kinder nicht töteten, „wir das daher auch nicht tun sollten”. Doch auf dem Weg zum Dorf des Vaters habe die betreffende Frau ihr Kind dann doch umgebracht.
All diese komplexen Situationen, so Simonian, weisen auf die Problematik menschlicher Sensibilität, wenngleich häufig die Infantizid-Verantwortlichen jegliche emotionale Anteilnahme negieren. Kindstötung sei nicht nur kulturelle Praxis dieser beiden Stämme, sondern existiere auch bei vielen anderen. Es handele sich um eine widersprüchliche Realität, die diskutiert werden müsse.
Der Yanomami-Stamm in Amazonien wird in vielen deutschen Medien besonders positiv hervorgehoben. Indessen fehlt stets ein Fakt, den der für Gesundheitsbetreuung im Stammesgebiet zuständige Mediziner Marcos Pelegrini gegenüber der „Folha de Boa Vista” betonte: Allein 2004 wurden mindestens 98 Yanomami-Kinder von den eigenen Müttern per Infantizid umgebracht.  Bestimmte Indianer-Experten, die Infantizid nach wie vor verharmlosen, haben die Angaben des Mediziners bis heute weder dementiert noch kommentiert.

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/03/03/hakani-suruwaha-und-der-kindermord-in-brasilien/

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/03/07/und-die-im-dschungel-lebenden-yanomami-indianer-erlangten-den-status-von-kultwesen-berliner-zeitung-1998/

http://www.hart-brasilientexte.de/2009/01/25/weltsozialforum-2009-und-lynchjustiz-in-bolivien-unter-evo-morales-menschenrechtsexperten-kritisieren-traditionelle-indianische-justiz/

Dieser Beitrag wurde am Dienstag, 28. April 2009 um 03:28 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur, Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

«  –  »

Keine Kommentare

Noch keine Kommentare

Die Kommentarfunktion ist zur Zeit leider deaktiviert.

    NEU: Fotoserie Gesichter Brasiliens

    Fotostrecken Wasserfälle Iguacu und Karneval 2008

    23' K23

interessante Links

Seiten

Ressorts

Suchen


RSS-Feeds

Verwaltung

 

© Klaus Hart – Powered by WordPress – Design: Vlad (aka Perun)