Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

Brasiliens katholische Landjugend-Pastoral – mehrtägiger Kongreß 2014 in Recife. Video: Papst Franziskus unterstützt den Kampf um Land.

http://www.pjr.org.br/2013/

http://www.youtube.com/watch?v=FyjErsX-Zd8

Convocatória para o III Congresso Nacional da Juventude Camponesa

Carta à Juventude Camponesa

Da: Coordenação Nacional da Pastoral Da Juventude Rural

Para: Toda Juventude Camponesa do Brasil

Olá querida Juventude camponesa!

Gostaríamos de convidar vocês pra um “dedinho” de prosa, de nos fazer presente ao lado de cada um e cada uma de vocês pra gente conversar umas coisas.

Ultimamente temos ouvido falar muito sobre a juventude, seja nas discussões e ações da igreja, seja no debate da redução da maioridade penal no legislativo brasileiro, seja no marketing dos cursos profissionalizantes que preparam a juventude para o mercado de trabalho, e em outras inúmeras formas e dispositivos de comunicação, até mesmo na nossa comunidade. O assunto está na boca do povo, é ou não é?

Cada um com sua opinião, sua convicção, descrevendo como é o jovem de hoje, as tantas coisas que eles têm acesso, que antes não se tinha, e todos fazendo sua avaliação.

Bem, se estão certos ou errados não sabemos, mas os fatos são: não nos perguntam pra saber o que achamos; conversamos pouco entre nós sobre isso; e muitas vezes acabamos assumindo o discurso deles e ainda até reproduzimos a imagem que se tem de nós. Mas com isso tudo, já estamos até acostumados.

O interessante em todo esse papo sobre a juventude, é que o que aparece é a imagem de uma juventude geral, com um rosto único, padronizada, todos iguais, prontos e acabados. E isso é uma incoerência com o próprio ser juventude. Não somos todos, uma massa só, temos características, temos história, que nos tornam diferentes. Diferença que não pode ser excludente, bem como a igualdade não pode ser opressiva.

O que nos incomoda cada vez mais, é que nesse papo todo, quem é a juventude camponesa? Ninguém. Alguém que não existe, invisível, ou melhor, invisibilizada, alguém que não precisa ser vista, que precisa estar escondida, camuflada. Parece até que a intenção é fazer com que procuremos outro lugar pra viver, para assim sermos lembrados. A invisibilidade é uma das maiores expressões da exclusão social.

A PJR grita, clama, desde 1985 que “Jovem da Roça também tem Valor!” e parece que este grito está cada dia mais atual, cada vez é mais necessário ser feito, para que todos ouçam, para que todos saibam que existimos, que nossos direitos precisam ser respeitados e que queremos construir uma vida digna no lugar onde vivemos, no campo, na roça. Lutar contra a exclusão social é uma das características da ação da PJR.

A PJR completou 30 anos a serviço da Juventude Camponesa, um espaço de ação realizado por nós jovens e para nós jovens, onde cada um pode assumir-se construtor da história, do presente e do futuro que nos pertence e pertence a todos.

Uma possibilidade de cada jovem se tornar ator do seu processo histórico, de serprotagonista, não de uma telenovela, mas sim da vida real. Um espaço onde coletivamente pode-se refletir sobre a vida e vivencia-la, enfrentando junto com outros seus desafios e comungando suas alegrias, sonhos, perspectivas. O Jovem Protagonista é mais uma característica da ação da PJR.

A maioria dos espaços de participação da juventude desconsidera o ser jovem. Uns, ao entrar nele o sujeito deixa de ser jovem, outros os jovens são executores de tarefas e/ou direcionados/tutelados por alguém não jovem ou por um jovem-não-jovem. Vejam se não é assim onde vocês participam. Observem!

Falando do campo que é o espaço em que vivemos e onde queremos dignidade, fomos ao longo de nossa história sempre reafirmando, que este é um espaço de produção e reprodução de vida, de trabalho, de lazer, de cultura, e de uma relação estreita com a natureza, por isso percebemos ser necessário cuidar dele como se cuida de um amigo, de um irmão, e mais, como se cuida de uma mãe. É representando esse cuidado que a chamamos de MÃE-TERRA. Ter o campo como espaço de vida é outra característica da ação da PJR.

Para efetivar concretamente esse cuidado com a MÃE-TERRA, com a natureza como um todo, inclusive com as pessoas que fazem parte dela, afirmamos:

*      É preciso realizar uma reforma agrária popular no campo brasileiro, para termos assim uma “Terra Livre Brasil”;

*      É preciso cultivar a terra de maneira agroecológica, atuar em cooperação, produzir alimentos e renda;

*      Ter acesso a direitos fundamentais como a saúde, Educação Do Campo, informação e comunicação, transporte, e outros mais;

Enfim, é lutar por Terra, Pão e Dignidade.

Também lutamos por isso, por que Jesus Cristo, um jovem camponês de Nazaré usou sua vida a serviço da construção de uma sociedade justa, onde todos pudessem ter vida e tê-la em abundância.

Um jovem que morreu na certeza de ter nos deixado a possibilidade de construirmos um mundo diferente, onde não haja injustiças, onde não haja opressão, onde não haja prisões nem ilusões.

Um jovem que morreu para nos salvar. Salvação que para nós é sinônimo de Libertação. Portanto se você, assim como Jesus, sente indignação contra as diversas formas de injustiças deste mundo e luta para construir um mundo que liberte/salve as pessoas, então somos companheiros. A construção de um mundo justo é mais uma característica da ação da PJR.

Que outras características vocês acham que fazem parte do ser PJR? Pensem e vamos construindo o que de fato nós somos e precisamos ser.

E por fim, depois dessa prosa bonita, gostaríamos de convidar todas as jovens e todos os jovens camponeses do Brasil, para o nosso 3° Congresso Nacional da Juventude Camponesa, que acontecerá nos dias 14 a 19 de Janeiro de 2014 em Recife – Pernambuco, para juntos mostrarmos nossa cara, celebrar nossa caminhada e lutar porTerra, Pão e Dignidade rumo a Terra Livre Brasil.

Deixem tudo e venham para o nordeste! Esperamos todos vocês!

http://www.hart-brasilientexte.de/2013/11/05/brasilien-%E2%80%93-kirche-und-gesellschaft-sammelbandtexte/

Políticas públicas para a juventude rural e economia solidária são discutidos no III Congresso

Mesa temática teve a participação de Paul Singer, Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, e de Euzamara Carvalho da Secretaria Nacional de Juventude, e contou com a presença de jovens de todas as regiões do país, nesta manhã de 16 de janeiro, no Parque de Exposições do Cordeiro na capital pernambucana.

O Professor Paul Singer, resgatou a história da economia solidária e explicou de que forma ela interfere política e culturalmente na vida das pessoas.

Alguns jovens apresentaram as experiências de economia solidária de suas regiões, através dos Grupos de Produção e Resistência. Marilsa é uma jovem do estado da Bahia e comentou sobre sua experiência de trabalho com poupa de frutas e hortaliças e a comercialização através de projetos que subsidiavam a alimentação escolar da região.

Um problema discutido foi o fato de que muitas cooperativas não duram mais que um ou dois anos. Sobre isso, Singer ressaltou: “Precisamos nos organizar para descobrirmos juntos as respostas do por que as cooperativas não duram. A base da economia solidária é a inteligência coletiva. Precisamos aprender a discutir mudanças e a aceitar a diferença entre as pessoas.

O professor Paul Singer se comprometeu em estudar e aprender mais sobre a juventude camponesa para poder contribuir na construção de políticas públicas: “Eu vim da juventude estudantil e foi o período mais forte e importante da minha formação. O que sou hoje é devido a formação, dentro da organização juvenil, finalizou o secretário.

A representante da Secretaria Nacional de Juventude, Euzamara Carvalho, apresentou as políticas públicas já existentes e de que forma estas ações podem melhorar a condição de vida dos jovens. Euzamara destacou a importância da juventude estudar e conhecer as políticas públicas, facilitando o acesso e sugerindo novas.

Texto: Comunicação do III Congresso

Foto: Joka Madruga

Cleymenne Cerqueira
(61) 8480-2524

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Plano Nacional de Agroecologia é debatido no III Congresso Nacional da Juventude Camponesa

Produzir alimentos saudáveis sem envenenar as pessoas e o meio ambiente é um desafio presente na agricultura atual. Para pensar esta questão, participantes do III Congresso Nacional da Juventude Camponesa participaram da Mesa Temática do Plano Nacional de Agroecologia, que foi assessorada por Alexandre Pires, do Instituto Sabiá e por Cássio Trovatto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Cássio Trovatto comentou a importância do Brasil ter um Plano de apoio para estimular o desenvolvimento da agroecologia. Alexandre Henrique Bezerra Pires falou que o plano diz respeito a um conjunto de ações e metas de 12 ministérios do governo federal que contemplam medidas no campo, a exemplo da segurança alimentar, acesso aos mercados e outros elementos com foco na agroecologia.

A partir dessa mesa temática, o jovem camponês de Santa Catarina Maicon Perdesseti, que auxiliou na coordenação da mesa, garantiu que é possível entender melhor o plano. “Este plano vem com a proposta de contribuir na produção agroecológica no Brasil. Mas podemos notar que falta ainda um processo de comercialização adequada para os produtos já que só o PA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) não dão conta de suprir a necessidade de comercialização”, enfatizou.

Perdesseti ressalta que é necessária a efetivação de uma política pública capaz de oferecer oportunidades de comercialização para que a classe trabalhadora da cidade também tenha acesso a esses produtos. “É preciso entender que a agroecologia é muito mais que produzir e comercializar, ela é uma forma de vida com interação entre a natureza e o ser humano”, enfatiza.

Foto: Fabiano (PJR – MG)

Convivência com o semiárido é refletida pelos participantes do III Congresso

A discussão sobre Convivência com o Semiárido foi conduzida por Neilda Pereira, da Articulação do Semiárido e por José Claudio da Silva, Secretário Executivo de Agricultura Familiar do Estado de Pernambuco, nesta manhã do dia 16 de janeiro, no III Congresso Nacional da Juventude Rural em Recife.

Na região semiárida,  que abrange 9 estados brasileiros onde vivem mais de 22 milhões de pessoas. É historicamente conhecido como terra improdutiva, miserável, secas e de um povo que vive em condições de alta vulnerabilidade social.

No semiárido a questão da água sempre foi tratada como mercadoria e para manutenção num poder de oligarquias de grupos políticos. Contudo, é muito recente implantação de políticas,  voltadas para a convivência com o semiárido e o trabalho de organizações que atuem contextualizadas  com o mesmo.

Hoje, o debate não é mais sobre a falta de água, o debate é de políticas de convivência e acesso porque a falta  é reflexo da desigualdade estrutural  da sociedade.

De acordo com Lafaete do povo Pankarú: “ Quem tem que dizer onde está doendo, é o povo e não o governo. Quem tem que dizer somos nós a juventude”

Texto: Comunicação III Congresso

Foto: Joka Madruga

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PJR entrega pauta para Ministro Gilberto Carvalho

O Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, recebeu na tarde desta quinta-feira (16) durante o III Congresso Nacional da Juventude Camponesa uma pauta de reivindicações da Pastoral da Juventude Rural. Em sua fala, fez um resgate da importância que é, segundo ele, a organização das pautas e o engajamento político no trabalho realizado pela PJR.

Para Carvalho, o futuro da luta está assegurado. “Aprendi a respeitar e entender o significado do trabalho da PJR. Talvez a Pastoral da Juventude Rural seja a única que com seriedade constrói a formação de quadros e a preparação das pessoas”.

Na ocasião, a Pastoral da Juventude Rural entregou uma pauta de reinvidicações contendo demandas de melhoria nas políticas de educação do campo, agroecologia, geração de renda e reforma agrária.

O ministro se comprometeu em levar e discutir com a PJR as reivindicações entregues. “O governo não fechará as portas para vocês. Quero aqui me comprometer em analisar essa pauta, afinal, queremos construir de fato uma democracia que vai além da política, mas que abrange também o social, econômico”, enfatizou.

Carvalho acrescentou ainda que o governo possui consciência das necessidades levantadas pela PJR. “A situação que as lutas por terra se encontram hoje não pode parar e nós queremos dividir isso com vocês”, finalizou.

O Congresso Nacional da Juventude Camponesa está sendo realizado no Parque de Exposições do Cordeiro, em Recife. 1700 jovens vindos de 20 estados do Brasil, participam do evento que se estenderá até o próximo domingo.

Texto: Claudia Weinman (PJMP-PJR- Santa Catarina)

Foto: Joka Madruga

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Dieser Beitrag wurde am Dienstag, 14. Januar 2014 um 15:01 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur, Naturschutz, Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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