Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

Landlosenbewegung MST: Agrarreform gestoppt – deshalb Protestaktionen.

A Reforma Agrária está parada em todo o país. Foi por este motivo que no mês de julho trabalhadores e trabalhadoras do MST de 12 estados do país ocuparam as ruas, sedes do Incra e fazendas, exigindo o assentamento das 140 mil famílias acampadas e investimentos públicos nos já existentes. Acampados e assentados passam por situações difíceis. Existem famílias esperando pela desapropriaçáo de áreas há mais cinco anos. E muitas daquelas que já conquistaram um pedaço de cháo náo têm acesso a crédito rural e infra-estrutura que garanta boas casas, saneamento básico, escola e hospital.

 Somente a Reforma Agrária pode resolver o problema da crise dos alimentos, com a produçáo de verdura, legumes e frutas, baratas para a populaçáo. É por sabermos dessa condiçáo que temos uma proposta de desenvolvimento para o campo brasileiro, que compreende, além da produçáo de alimentos saudáveis, a geraçáo de emprego e justiça no campo. Para a concretizaçáo dessa proposta, investimentos na produçáo dos assentamentos tornam-se imprescindíveis. Investimentos que impulsionem programas de agroindústrias para cooperativas de assentados e assistência técnica para viabilizar a produçáo. Dessa forma é possível gerar renda para as famílias e condições para o desenvolvimento social e econômico dos municípios.Até o momento, os planos econômicos voltados para o campo brasileiro náo foram direcionados para atender nossas expectativas para um novo modelo agrícola. Se de um lado a produçáo familiar e cooperativada suam a camisa para conseguir incentivos irrisórios, de outro a produçáo das grandes empresas estrangeiras e nacionais ligadas ao capital financeiro como Cargil, Bunge, Votorantim, Aracruz, Veracel, Suzano, Vale e Bayer vai de vento em poupa. Só no ano passado, essas transnacionais receberam do Banco do Brasil R$ 7 bilhões. Por conta da política econômica do atual governo, de priorizar o modelo agroexportador, a agricultura camponesa “ responsável pela produçáo de alimentos em nosso país “ e a Reforma Agrária continuam sendo penalizadas. Hoje, as terras improdutivas, que deveriam ser usadas para a Reforma Agrária, estáo sendo destinadas a empresas estrangeiras, para a produçáo de eucalipto, soja, gado e agrocombustíveis, em vez de alimentos. O governo federal está em dívida com os trabalhadores Sem Terra, assentados, pequenos produtores e precisa cumprir seus compromissos com a reforma agrária. A Reforma Agrária náo avançou e a concentraçáo da propriedade fundiária está aumentando. A maior parte dos assentamentos compreende projetos antigos, regularizaçáo fundiária ou terras públicas. A política de incentivo à agroexportaçáo, o aumento do preço dos alimentos e as facilidades concedidas às transnacionais para explorar os recursos naturais e a máo de obra geram grandes tensionamentos sociais no campo. E este é o motivo pelo qual MST e outros movimentos sociais estáo sofrendo uma ofensiva de setores conservadores da sociedade. Mídia, parte do poder judiciário, aparato policial e alguns governos estaduais, náo medem esforços para criminalizar os movimentos sociais do campo. Recentemente, no Rio Grande do Sul, o Ministério Público aprovou um relatório que pede a dissoluçáo do nosso Movimento. Em tom incriminatório, o documento condena o uso, nas escolas de assentamentos, de livros dos brasileiros de Florestan Fernandes, Paulo Freire e Chico Mendes.Parte do processo ainda cuidou em enquadrar oito trabalhadores na Lei de Segurança Nacional da finada ditadura militar. O documento afirma, ainda, que o Movimento mantém vínculos com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A própria Policia Federal, numa investigaçáo já concluída desmentiu essa acusaçáo dizendo que náo há nenhum vínculo entre aquela organizaçáo revolucionaria da Colômbia com o MST.No Pará, o advogado da CPT (Comissáo Pastoral da Terra) José Batista Gonçalves Afonso foi condenado pela Justiça Federal de Marabá por participar de protestos no Incra (Instituto Nacional de Colonizaçáo e Reforma Agrária) pela Reforma Agrária. Na época, Batista assessorava o MST e a Fetagri (Federaçáo dos Trabalhadores da Agricultura) nas negociações com o órgáo. A mesma vara federal condenou outros três trabalhadores rurais a pagarem R$ 5,2 milhões à gigante da mineraçáo Vale, por descumprirem açáo que proíbe manifestações nas instalações da Ferrovia Carajás. Neste momento em que a Reforma Agrária náo avança e a repressáo contra um projeto popular para o Brasil se intensifica, é de grande importância e necessário o apoio dos companheiros e companheiras da nossa luta. Continuamos firmes em nossos objetivos. BrevesMST e as Eleições 2008.A Direçáo Nacional do MST esclarece que náo tem qualquer participaçáo com as articulações do grupo de José Rainha Jr. na comunidade da Rocinha, como foi noticiado recentemente por muitos veículos de comunicaçáo do país. José Rainha Jr. náo participa de nenhuma instância de decisáo em nível nacional, estadual ou local do nosso Movimento. O MST náo participará no processo eleitoral que elegerá prefeitos e vereadores. O papel do Movimento é fazer a luta social pela Reforma Agrária. Buscamos, assim, preservar a nossa autonomia em relaçáo aos partidos políticos e aos governos. Propomo-nos, ainda, a continuar incentivando discussões e debates sobre a necessidade de termos um projeto popular de desenvolvimento para nosso país.

Dieser Beitrag wurde am Dienstag, 12. August 2008 um 16:04 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Politik abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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