http://kooperation-brasilien.org/index.php?option=com_content&task=view&id=776&Itemid=56
ThyssenKrupp-Kritikerin Sandra Quintela im Website-Interview.
“Made in Germany” – anklicken: http://www.youtube.com/watch?v=kX_W2cZTFV4
MOÇÃO DE REPÚDIO À TKCSA EM SOLIDARIEDADE AOS SERVIDORES PROCESSADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS ATIVIDADES EM DEFESA DA SAÚDE EM SANTA CRUZ
A ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), um dos maiores empreendimentos privados da América Latina, vem trazendo graves impactos socioambientais, com danos à saúde, ao ambiente e à renda dos pescadores e moradores de Santa Cruz, Itaguaí e demais áreas pertencentes à Bacia Hidrográfica da Baía de Sepetiba, localizadas na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Brasil.
Em uma tentativa de intimidação à livre expressão e a imposição de obstáculos às ações e estudos técnico-científicos em andamento, a TKCSA processa, por danos morais, servidores da Fiocruz e da UERJ. Inicialmente contra o pesquisador pneumologista, Hermano Albuquerque de Castro, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), e, mais recentemente, contra o engenheiro sanitarista Alexandre Pessoa Dias, professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), ambas unidades da Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, além da bióloga Mônica Cristina Lima, do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e membro da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do RJ (Sintuperj).
As duas últimas ações judiciais se deram após a divulgação do relatório técnico: “Avaliação dos impactos socioambientais e de saúde em Santa Cruz decorrentes da instalação e operação da empresa TKCSA”. O documento tem o objetivo de avaliar as bases técnico-científicas e os dados disponíveis referentes aos impactos à saúde ambiental e humana, visando subsidiar as futuras ações institucionais da Fiocruz na análise do problema e no apoio à implantação de políticas e ações que protejam a saúde da população.
Santa Cruz, onde está situada a TKCSA, é marcada historicamente pela instalação de grandes indústrias com matrizes energéticas e processos produtivos altamente poluidores, a exemplo da falida Ingá Mercantil. A história de violação dos direitos configura um território de exceção, caracterizado pela presença de comunidades de baixa renda, sem infra-estrutura e com déficit de políticas públicas.
O processo de licenciamento do complexo siderúrgico foi marcado por diversos questionamentos. A empresa está atualmente sob investigação da comissão da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro para “apurar possíveis irregularidades e imprevidências do Governo do Estado e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), no processo de concessão de Licenciamento Ambiental referente à implantação da CSA”. Na fase das obras, sofreu embargo e multa por parte do IBAMA, auto de infração do extinto IEF, denúncia do Ministério Público do Trabalho. A empresa sofreu diversas autuações do INEA, através de notificações, autos de infração, autos de constatação, já foi multada duas vezes pelo órgão ambiental e é objeto de diversas ações civis públicas. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou duas ações penais imputadas à TKCSA e aos seus gestores técnicos por prática de crimes ambientais. A empresa é alvo de diversas manifestações e de denúncias dos moradores junto à Defensoria Pública do Estado. Apesar disso, o poder econômico e a influência política do empreendimento ainda mantêm a atual violação dos direitos.
A Presidência da Fundação Oswaldo Cruz, em nota publicada em 01/11/2011, afirmou que “a Fiocruz preza entre seus valores centrais, a plena liberdade de expressão individual de seus trabalhadores” e destacou que “a via jurídica escolhida pela empresa para tratar do contraditório presente em questão tão complexa repercute como cerceamento a essa liberdade de expressão e cria constrangimentos para o trabalho institucional de busca de superação dos impasses gerados”. O Conselho Universitário da UERJ aprovou, em dezembro de 2010, uma moção de repúdio à TKCSA. O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (ASFOC-SN), a Associação de Docentes da UERJ (Asduerj) e o Sintuperj declararam total apoio aos profissionais processados.
Os movimentos sociais, entidades, instituições, cidadãos brasileiros e estrangeiros que subscrevem esta moção repudiam a ação da TKCSA e se posicionam pela defesa intransigente dos profissionais envolvidos, por entender que eles cumprem seu dever como servidores públicos ao defenderem solidariamente a saúde das populações impactadas, cumprindo demanda institucional e aplicando seus conhecimentos, manifestando-se pelo direito à livre expressão e pela defesa da saúde pública.
Somos Todos Santa Cruz!
Jornal do BrasilJorge Lourenço
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A ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) está processando ambientalistas que fizeram relatórios contrários às atividades da empresa em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A alegação tenta qualificar os estudos como „danos morais“. A primeira vítima foi a ambientalista Mônica Cristina Lima, bióloga do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Uerj). O pneumologista e pesquisador Hermano Castro, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e o engenheiro sanitarista Alexandre Pessoa Dias, da Fiocruz, também são alvos das ações da Thyssen. A razão? Todos eles constataram os malefícios que a CSA levou aos moradores da região. A lista, extensa, foi publicada pelo Jornal do Brasil em maio.
Câncer, abortos, alergias…
Segundo Mônica Lima, a pesquisa na região revelou que a região apresenta alta incidência de abortos espontâneos e mais casos de câncer do que o normal, além de casos de alergia relacionados ao material expelido pela empresa. Tudo solenemente ignorado pelo relatório de impacto ambiental (RIMA) encomendado pelo governo do estado e feito pela empresa ERM Brasil. O I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental, realizado no ano passado, chegou a mover uma moção de repúdio contra a multinacional alemã ThyssenKrupp. A companhia, aliás, aderiu a uma estratégia cada vez mais popular entre empresas atacadas por ambientalistas: tentar calar seus algozes com acusações de „danos morais“.
Com a palavra
„Isso é uma tentativa de intimidação, é uma ameaça e um atentado contra a ciência. Nós estamos sendo cerceados, mas vamos continuar a exercer a nossa função. Espero que nenhum advogado me instrua a me calar, porque isso eu não vou fazer“, explica a bióloga Mônica Lima, responsável pelos laudos médicos do relatório elaborado pela Fiocruz.
Alfried Krupp, líder da empresa durante a Segunda Guerra, é julgado em Nuremberg“. São danos absurdos à saúde da população e ao meio ambiente. Jamais a CSA poderia ter se instalado ali. A situação já era ruim com apenas um alto forno na siderúrgica, mas o nosso governador Sérgio Cabral mesmo assim autorizou a construção de um segundo. Temos um governo ausente, até conivente com a empresa“, ataca a especialista.
Histórico polêmico
A ThyssenKrupp, aliás, não tem um histórico exatamente positivo. Um dos mais notórios líderes da empresa, Alfried Krupp, foi condenado após a Segunda Guerra Mundial por crimes de guerra graças a sua estreita relação com o governo nazista. Nos tempos de Hitler, a 23% dos 100 mil trabalhadores da Krupp eram prisioneiros de guerra e trabalhavam em regime de escravidão.
« ThyssenKrupp in Rio de Janeiro: http://www.thyssenkrupp-steel-europe.com/csa/de/ „Wir betreiben in der Bucht von Sepetiba im Staat Rio de Janeiro in Brasilien ein hochmodernes integriertes Hüttenwerk.“ „Krupp – ein Name wie Donnerhall“(WAZ) – ThyssenKrupp in Rio de Janeiro: „Das Stahlwerk in Brasilien ist inzwischen zum wohl größten Investitions-Desaster in der Geschichte deutscher Konzerne geworden.“ Frankfurter Rundschau. Was selbst Laien schon vor Baubeginn klar war…“Made in Germany“. »
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