Heinz HOLLIGER
Langenthal, SuÃça ” 21 de maio de 1939
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 Ardeur Noire (d™après Debussy)Duraçáo aproximada 7 minutos / Ano da composiçáo 2008 Seis Canções Sobre Poemas de Christian MorgensternDuraçáo aproximada 12 minutos / Ano da composiçáo 2003 Claude DEBUSSYSt. Germain-en-Laye, França ” 22 de agosto de 1862 / Paris, França ” 25 de março de 1918O MartÃrio de Sáo SebastiáoDuraçáo aproximada 55 minutos / Ano da composiçáo 1911 A estreia de O MartÃrio de Sáo Sebastiáo aconteceu no Teatro Châtelet há exatos 99 anos, em maio de 1911. Vários fatores contribuÃram para que essa obra fosse uma das menos apresentadas em todo o repertório de Claude Debussy. Espécie de página ilegÃtima, ela resulta da colaboraçáo improvável entre o francês e um poeta e parlamentar italiano (Gabriele D™Annunzio), mais tarde herói de guerra promovido a prÃncipe por Mussolini. A obra foi recebida com estupefato: um hÃbrido de drama lÃrico, oratório cênico, cantata, teatro, pantomima e dança. Excessiva e em nada condizente com a sutileza e refinamento do compositor. Sua linguagem decadente torna o enredo implausÃvel, senáo incompreensÃvel. Para Debussy, já doente e em meio a séria crise financeira, essa acaba sendo obra de circunstância, um acidente de percurso. Recebe a encomenda em dezembro de 1910, e em poucos meses compõe as 17 cenas musicais que iráo amarrar os cinco atos. O libreto exige da partitura mudanças bruscas de caráter na forma estrita de prelúdios, interlúdios, árias, polifonias, fanfarras, salmodias etc. Na estreia atabalhoada dessa versáo moderna, a música de Debussy seria esmagada por cinco horas de dramaturgia, 3.938 versos, 150 atores e 300 figurantes. No ano seguinte à estreia, colaboradores de Debussy já haviam chegado à reduçáo da trama e sobram náo mais que uns milagrosos 200 versos. É uma subtraçáo de 95% do original. É quando a música emerge em grande relevo semântico. Em mais de uma ocasiáo, Debussy deixa dúvida se cita a si mesmo ou se esses sáo apenas alguns gestos adquiridos. De uma forma ou de outra, impossÃvel náo reconhecer aqui e ali compassos de seus Noturnos, uma ou outra passagem misteriosa de La Mer, entre outros. É na Terceira Mansáo, o ponto de maior esplendor musical da obra, seu clÃmax, quando o personagem reencena a Paixáo do Cristo. Pelo que se sabe, a única apresentaçáo da obra no Brasil, regida por Felix Weingartner teria acontecido no Rio de Janeiro em 1922.  Citar é muito bonito para um músico. De criador para criador, é um ato de reconhecimento, respeito e gratidáo. Admiraçáo, sobretudo. Ardeur Noire, do oboÃsta e regente Heinz Holliger, composta em 2008 ”a partir de Debussy, 90 anos após sua morte, dispõe sobre a tela orquestral figuras e manchas sonoras táo precisamente debussyanas, em seus acordes inconfundÃveis. Em arco diacrônico, o repertório traz Holliger em um ciclo de juventude, a versáo orquestral de Sechs Lieder, seis canções dos anos 1950 revistas cinco décadas depois sobre poemas do alemáo Christian Morgenstern (1871-1914), contemporâneo de Debussy. Morgenstern, depois fixado no nonsense literário, aqui aparece em poemas do primeiro expressionismo, por assim dizer, quando a noite, que envolve a natureza e é por ela envolvida, é o sujeito de tudo. Sáo ainda escuridões que prometem o dia, e o cromatismo de Holliger, num chiaroscuro tonal-atonal ainda ausente à Neue Musik, responde a esse apelo do expressionismo romântico enquanto jovem. Resumos baseados nos originais da compositora e curadora Regina Porto para o programa de concertos da Osesp. RegenteHeinz Holliger “ Última vez com a Osesp em maio de 2005Nascido em 1939, na SuÃça, estudou em Berna, Paris e Basileia, diplomando-se em oboé, piano, regência e composiçáo, e tendo aulas, entre outros, com Pierre Boulez. Sua carreira como oboÃsta e compositor é repleta de prêmios. Por ser grande apreciador e incentivador da música contemporânea, também foi contemplado com dedicatórias em diversas obras de importantes compositores. Suas composições foram estreadas em grandes teatros e festivais como a Ópera de Zurique, o Festival de Berlim, e o Festival Wien Modern. Em 2003, a Cidade da Música, em Paris, dedicou uma semana a Holliger como oboÃsta, compositor e maestro. Holliger rege regularmente muitas das principais orquestras mundiais, como as Filarmônicas de Berlim e Viena; as orquestras de Cleveland, Concertgebouw, de Câmara da Inglaterra, a Philharmonia (Londres) e a Sinfônica de Viena. Uma especial colaboraçáo de muitos anos com a Orquestra de Câmara da Europa incluiu também a gravaçáo de vários discos. Como regente convidado, colabora regularmente com a Orquestra Sinfônica SRW e a Orquestra do Festival de Budapeste, entre muitas outras. Prêmios e honrarias recebidos incluem o de Compositor pela Associaçáo SuÃça de Músicos, Prêmio Léonie Sonning para Música da Cidade de Copenhagen, Prêmio ArtÃstico da Cidade de Basel, Prêmiode Música Ernst von Siemens, Prêmio de Música da Cidade de Frankfurt, Prêmio Abbiati na Bienal de Veneza, um doutorado honorário da Universidade de Zurique, Prêmio do Festival de Zurique e Prêmio de Música Rheingau, além de premiações pelas gravações: Diapason d™Or, Midem Classical Award, Edison Award, Grand Prix du Disque. Das cinco gravações recentemente lançadas, um CD duplo com a soprano Juliane Banse recebeu os Prêmios Midem Classical e Echo Classics em 2006. SolistasAnu Komsi “ soprano – Primeira vez com a OsespElogiada pela versátil musicalidade e dinâmica de sua voz, a finlandesa Anu Komsi tem atuado em óperas e concertos por toda a Europa e EUA. Cantou papéis contemporâneos, como Eileen (Wonderful Town, de Joseph A. Fields e Jerome Chodorov), Mulher (A Vida com um Idiota, de Schnittke), Alice (Alice-Symphony, de Tredici), Os Mestres Cantores de Marte, de Kimmo Hakola, em um papel especialmente escrito para ela, bem como o papel principal em Philomela de James Dillon. Atuou também como solista com numerosas orquestras, incluindo as sinfônicas de Viena, BBC Escocesa, Nacional da Estônia e Filarmônica de Los Angeles, entre outras. Colaborou com regentes como Sir Roger Norrington, Oliver Knussen, Sakari Oramo, Yan Pascal Tortelier, Osmo Vänskä, Esa-Pekka Salonen e George Benjamin, tendo se apresentado no Concertgebouw, no Royal Festival Hall de Londres, na Konzerthaus de Viena, na Grande Ópera de Frankfurt, na Philharmonie de Colônia, no Théâtre Du Châtelet e na Cité de la Musique, em Paris, e no Alice Tully Hall, de Nova York, entre outros. Como solista convidada da Ópera Nacional Finlandesa, participou em récitas de O Rapto do Serralho (Mozart) e Peter Grimes (Britten), e ainda em vários festivais na Finlândia, Inglaterra e Rússia. O seu CD Grammar of Dreams, com música vocal de Kaija Saariaho, foi eleito ”Gravaçáo do Ano 2000 pela Rádio Finlandesa, obtendo destaque internacional nas revistas Gramophone e Le Monde de La Musique. Gravou em 2005, Wing on Wing de Esa-Pekka Salonen “ peça escrita especialmente para Anu e Piia Komsi (sua irmá gêmea) e para a Sinfônica da Rádio Finlandesa. Compromissos das últimas temporadas incluem concertos e recitais no Queen Elisabeth Hall (Londres), Auditório Nacional de Música (Madri), Ópera de Frankfurt, Filarmônica de Nova York, Sinfônica da Rádio da Baviera, além de apresentações nos Festivais de Música Tampere Biennale, de Música Contemporânea de Ojai (EUA), Les Lumières no Castelo de Suomenlinna (Finlândia), do Lincoln Center (Nova York) e da West Coast Kokkola Opera, da qual é diretora artÃstica. Luisa Francesconi – mezzo soprano – Última vez com a Osesp em maio de 2009, em Lobgesang de MendelssohnDotada de um belo timbre de mezzo soprano lÃrico, estudou em BrasÃlia e aperfeiçoou os estudos com Rita Patané, em Miláo. Destaca-se no repertório rossiniano e mozartiano ao interpretar papéis como Cenerentola, Rosina (O Barbeiro de Sevilha), Isabella (L™Italiana in Algeri), Segunda Dama (A Flauta Mágica), Cherubino (As Bodas de FÃgaro), Idamante (Idomeneo) e Zerlina (Don Giovanni). Também se apresentou nas óperas I Capuleti e I Montecchi (Romeo), Orfeu e EurÃdice (Orfeo) e Dido e Enéas (Dido). Canta um repertório abrangente, que vai de Bach e Vivaldi à Mahler e de Falla. Apresenta-se nos principais teatros brasileiros e italianos, entre eles o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o de Sáo Paulo, Sala Sáo Paulo, Auditorium Conciliazione e Teatro Argentina em Roma, Auditorium de Miláo, Maggio Fiorentino em Florença, Massimo de Palermo, Massimo Bellini em Catania e Teatro Regio de Torino.  Brigitte Balleys – mezzo soprano – Última vez com a Osesp em março de 2003, em O Rei Davi de HoneggerA cantora suÃça tornou-se conhecida após vencer o Concurso de Canto Benson & Hedges em Londres. Cantou As Bodas de FÃgaro na Ópera de Viena; Fierrabras em Liège, Zurique e em Viena; Il Ritorno d™Ulisse in Patria de Monteverdi em Lausanne, Avignon, Antuérpia (Bélgica) e Gent; Werther de Massenet em Lausanne; Don Giovanni em Ludwigshafen e Praga; O Cavaleiro da Rosa em Lyon, Montpellier e Berna; L™Incoronazione di Poppea no Festival de Spoleto, Amsterdá e Nova York; Montezuma em Lausanne e em turnê pela França; Idomeneo em Veneza, Les Brigands em Amsterdá e na Opéra Bastille de Paris; Os Contos de Hoffmann em Lyon; A Violaçáo de Lucrécia em Tourcoing; Pelléas et Mélisande em Paris; Giulio Cesare em Montpellier e Paris. Trabalha com Claudio Abbado, Nikolaus Harnoncourt, René Jacobs, Marek Janowski, Armin Jordan, Erich Leinsdorf, Fabio Luisi, Jean-Claude Malgoire, Sir Roger Norrington, Georges Prêtres, Helmut Rilling, Christophe Rousset, entre outros. Em seu repertório sinfônico e camerÃstico estáo obras de Monteverdi a Alban Berg. Sua discografia inclui La Demoiselle Elue, Fierrabras e Tagebuch eines Verschollenen regidas por Claudio Abbado; Altenberglieder, Sieben frühe Lieder, Sinfonia nº1 de Scriabin e a Sinfonia de Krasa com Vladimir Ashkenazy (Decca); Cornet, Il Tramonto, de Respighi, e La Canzone dei Ricordi, de Martucci com Jesús López-Cobos, assim como canções de Honegger (Timpani, 2008), Binet e Schumann, Sieben frühe Lieder de Berg, com Vladimir Ashkenazy, Poème de l™Amour et de la Mer de Chausson com Michael Schønwandt, Der Cornet de Frank Martin com Jesús López-Cobos, Das klagende Lied, Das Lied von der Erde e Lieder aus des Knaben Wunderhorn de Mahler.  Osesp “ Desde 1954, a Osesp trilhou uma história de conquistas, que culminou em uma instituiçáo reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e excelência. Foi dirigida pelo maestro Souza Lima e pelo italiano Bruno Roccella, mais tarde sucedidos por Eleazar de Carvalho, que por 24 anos permanece à frente da Orquestra e deixa um projeto para sua reformulaçáo. Com o apoio do Secretário de Cultura e o empenho do Governador Mario Covas, em 1997 o maestro John Neschling é escolhido para assumir a direçáo artÃstica e conduzir essa nova fase na história da Osesp. A Sala Sáo Paulo é inaugurada em 1999 e, nos anos seguintes, sáo criados os coros Sinfônico, de Câmara, Juvenil e Infantil; o Centro de Documentaçáo Musical Maestro Eleazar de Carvalho; o Serviço de Assinaturas; o Serviço de Voluntários; os Programas Educacionais; a editora de partituras Criadores do Brasil; e a Academia da Osesp. Em maio de 2009, a Osesp ganha o XII Prêmio Carlos Gomes na categoria Orquestra Sinfônica, pelo conjunto de apresentações realizadas durante o ano de 2008. Indicada pela revista inglesa Gramophone como uma das três orquestras emergentes no mundo à s quais se deve prestar atençáo, a Osesp dá continuidade ao projeto de ampliaçáo constante da cultura musical brasileira e para a Temporada 2010 conta com o maestro francês Yan Pascal Tortelier como regente titular e o músico e escritor Arthur Nestrovski como diretor artÃstico.InstituÃda em junho de 2005, a Fundaçáo Osesp administra a Orquestra, a Sala Sáo Paulo e, conseqüentemente as relações de trabalho de mais de 290 pessoas “ entre músicos, administraçáo e técnicos “ permitindo maior agilidade administrativa, ampliaçáo de parcerias e melhoria na qualidade dos serviços oferecidos.Â
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