Klaus Hart Brasilientexte

Aktuelle Berichte aus Brasilien – Politik, Kultur und Naturschutz

Brasilien, OSESP nach John Neschling, 2009.

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Foto: Ana Fuccia

OSESP APRESENTA A SINFONIA FANTÁSTICA DE BERLIOZ EM SÉRIE DE CONCERTOS EM HOMENAGEM AO ANO DA FRANÇA NO BRASIL Além da impressionante e grandiosa obra de Berlioz, os concertos contam com composições de Dutilleux e Ravel e participaçáo do violocelista, também francês, Xavier Phillips  28 MAI quinta 21h00   29 MAI sexta 21h00   30 MAI sábado 16h30   YAN PASCAL TORTELIER regente  Xavier Phillips violoncelo    MAURICE RAVEL  Alborada del gracioso  HENRI DUTILLEUX  Tout un Monde lointain  HECTOR BERLIOZ  Sinfonia fantástica, Op.14      Com regência de seu atual titular, o maestro francês Yan Pascal Tortelier, que volta à Sala Sáo Paulo para mais uma semana de concertos, a Osesp apresenta mais um repertório em homenagem ao Ano da França no Brasil. As três apresentações contam náo só com maestro, mas também com solista francês – o violoncelista Xavier Phillips. Se náo bastasse, o repertório é inteiramente dedicado a música desse país, desde a inovadora Sinfonia Fantástica, de Berlioz, até a obra do contemporâneo Henri Dutilleux, Tout un Monde lointain, passando pela ”espanhola Alborada del gracioso, de Maurice Ravel. Quinta, 28/5 (21h); Sexta, 29/5 (21h) e Sábado, 30/5 (16h30). Preços: de R$ 30 a R$ 104Aposentados, pessoas acima de 60 anos, estudantes e professores da rede pública estadual pagam 1/2, mediante comprovaçáoRecomendaçáo etária: 7 anosEstacionamento: 610 vagas (592 comuns e 18 para Portadores de Necessidades Especiais) – R$ 8.Sala Sáo Paulo (1484 lugares) “ Pça. Júlio Prestes 16 (11) 3223-3966.Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.Ingressos também pela Ingresso Rápido 4003-1212 – www.ingressorapido.com.br  Repertório Maurice RAVELCiboure (França), 7 de março de 1875 / Paris (França), 28 de dezembro de 1937Alborada del GraciosoDuraçáo aproximada: 7 minutos / Ano da composiçáo: 1918 Uma parcela importante da obra orquestral de Ravel nasceu destinada a outro meio sonoro, em geral o piano. Foi exatamente o que aconteceu com Alborada del Gracioso, originalmente integrante do rutilante e labiríntico ciclo para piano Miroirs (Espelhos), de 1905, que o compositor orquestrou de maneira superiormente brilhante em 1918. O título da obra faz referência a uma personagem caricata. Desejando também ser ˜teatral™, o compositor utilizou uma linguagem com características espanholas e alternou a música entre o sério e o irônico, deixando-a ambígua, apaixonada e bizarra. E, com uma postura paradoxal, a suntuosidade da partitura eleva, por vezes, o volume da orquestra de tal forma que, se fosse mesmo uma serenata, acabaria por acordar a cidade inteira. A festiva alegria, normalmente associada à Espanha, inspirou vários compositores franceses românticos, a começar por Bizet. Ravel, por sua vez, encantou-se com os ritmos obsessivos e frementes e com a agilidade dos guitarristas do flamenco, com as notas repetidas velozmente. Vale lembrar que sua máe tinha ascendência basca. Na coleçáo original de Miroirs, as peças para piano ostentavam grandes dificuldades de execuçáo, porque Ravel as queria assim, a fim de que elas náo fossem possíveis para pianistas amadores, segundo o próprio músico. Todas as peças dessa coleçáo exibiam inovações de textura, intrincadas e simultâneas distribuições das linhas melódicas. Para a transposiçáo orquestral Ravel náo perdeu nada disso, a começar pela violência da expressáo. Assim, fez com que a sua Espanha soasse palpitante e excessiva, dotada de forte rítmica compartilhada por vários naipes da orquestra, enriquecida pela presença de castanholas, crotales e xilofone, na parte percussiva. A Alborada tem início com um ritmo de dança que ganha intensidade e colorido, explodindo em momentos nos quais toda a orquestra participa. Em seu centro há um episódio inesperado: passada a fúria orquestral, um solitário fagote enuncia uma longa, misteriosa e melancólica melodia. Náo se sabe ao certo ser ela meramente sentimental ou, entáo, uma paródia de algum sentimento mais nobre e verdadeiro. Mas o ritmo de dança frenética é retomado, pondo fogo à orquestra inteira. No final, um crescendo arrebatador coloca fim a essa imagem de sonho iluminada pelas cores fortes da farta imaginaçáo orquestral do autor.  Henri DUTILLEUXAngers (França), 22 de janeiro de 1916Tout un Monde lointainDuraçáo aproximada: 26 minutos / Ano da composiçáo: 1970 O nonagenário Henri Dutilleux é o decano da música francesa atual. Na juventude, foi apaixonado pela música de Ravel, de Debussy e também pela de Stravinsky e de Bartók. Foi o ganhador do prestigioso Grand Prix de Rome, que o levou à capital italiana durante a década de 1930. Voltou de lá por causa da Segunda Guerra e parece ter sido nesse período que ele destruiu quase tudo o que compusera até entáo, por julgar suas obras imaturas. Seu catálogo produtivo, reiniciado durante a década de 1940, possui belas e refinadas peças destinadas à orquestra, como o balé Le Loup (O Lobo), de 1953, a Sinfonia nº 2 – Le Double (O Duplo), de 1958-59, as cinco peças para orquestra intituladas Métaboles, de 1965, Mystère de l™Instant (Mistério do Instante) para 24 cordas, cimbaláo e percussáo, de 1989, e The Shadows of Time (As Sombras do Tempo), de 1997 ”esta última executada em estreia brasileira pela Osesp, em 2007. Ainda que tenha recebido influência de alguns músicos, Dutilleux transformou tudo em matéria indiscutivelmente sua. Nunca se filiou a nenhuma escola em particular, nem fez parte de grupos, pois sempre desejou manter-se fiel ao seu credo individual. Em 1966, ele definiu o caráter de toda a sua produçáo, afirmando rejeitar tudo que era pré-concebido. A composiçáo de Tout un Monde lointain deu-se entre 1968 e 1970, por encomenda do violoncelista russo Mstislav Rostropovich (1927-2007), a quem a obra seria dedicada. Esse Concerto para Violoncelo fez enorme sucesso na sua estreia, no Festival de Aix-en-Provence, em julho de 1970. A peça iniciava assim uma carreira brilhante, graças também à presença eletrizante do artista que a encomendara. No instante em que começou a escrever esse concerto, Dutilleux relia, apaixonado, a poesia do simbolista Charles Baudelaire (1821-1867) e alguns de seus versos deram início a cada um dos cinco movimentos da obra. Segundo o compositor, ele náo procurou imitar musicalmente os textos literários, mas criar ambientações a partir deles. Sáo dadas ao solista muitas passagens de arrepiante dificuldade de execuçáo, o violoncelista é frequentemente convidado a participar da trama musical como um elemento concertante, indo do apaziguamento ao frenesi, sem jamais abdicar do seu cântico apaixonado. Musicalmente, a partitura se aparta do gênero tradicional do concerto, vivendo da combinaçáo de vários temas que se espalham pelos cinco movimentos, sem que, entretanto, essas melodias sejam ligadas obrigatoriamente umas às outras.  Hector BERLIOZLa Côte-Saint-André (França), 11 de dezembro de 1803 / Paris (França), 8 de março de 1869Sinfonia fantástica, Op.14Duraçáo aproximada: 54 minutos / Ano da composiçáo: 1830 Nos concertos das primeiras décadas do século XIX, imperavam, além das instrumentações infalíveis de Beethoven, as alegrias cheias de impulso do ainda clássico Rossini. Mas já havia promessas de novidades no domínio orquestral. E uma delas nasceu na noite de 5 de dezembro de 1830, em Paris. Foi quando estreou a Sinfonia fantástica, Op.14 de Berlioz. A nova obra levou parte do público a um entusiasmado delírio, ao passo que outra parcela da plateia manifestou o seu sentimento de repugnância por ela através de estrondosa e demorada vaia. Até entáo, ninguém ousara ser táo personalista no domínio sinfônico, pois o autor confessou que a partitura era nada mais nada menos que ”um episódio da vida de um artista! Com a Phantastique, Berlioz renovou o aparato orquestral, apresentando inéditos gestos sonoros, fazendo com que sua nova concepçáo orquestral revelasse uma música original e de forte impacto emotivo. O universo sonoro trazido à tona pela revolucionária ideia orquestral da Sinfonia fantástica é muito rico. Entre suas inúmeras inovações está a grande e pesada massa instrumental, exigindo uma ampliaçáo do naipe das cordas. Além disso, Berlioz ousou escrever para contrabaixos divididos em quatro partes e utilizou de maneira expressiva instrumentos normalmente excluídos de sinfonias (o agudíssimo clarinete piccolo, o rústico trompete francês e o par de harpas funcionando como solistas). O compositor também teve a audácia de iniciar um andamento com o pouco habitual corne-inglês e deu um tratamento especial a percussáo. Em vez dos quatro habituais movimentos de uma sinfonia, Berlioz criou cinco episódios, a fim de injetar na obra um conjunto maior de quadros expressivos. Além disso, concebeu uma ”ideia fixa (segundo o autor), uma melodia que surge nos primeiros compassos da obra, aflorando ao longo de toda a partitura, assumindo semblantes diferentes em cada uma de suas aparições, conforme o contexto em que ela aparece. Esse tema simboliza ”a Amada, que pode ser tanto bela e encantadora, como uma maléfica bruxa.  Regente PrincipalYAN PASCAL TORTELIERNascido em uma família musical, filho do violoncelista Paul Tortelier, Yan Pascal Tortelier iniciou os estudos de piano e violino aos quatro anos de idade e, aos 14, venceu o primeiro concurso de violino no Conservatório de Paris. Após estudar música com Nadia Boulanger, estudou regência com Franco Ferrara em Siena, Itália. Desde entáo, sua carreira como regente inclui apresentações com as principais orquestras da Europa, América do Norte, Japáo e Austrália. A orquestraçáo de Tortelier para o Trio para Piano de Ravel estreou em 1992 e, no ano seguinte, obteve grandes elogios da crítica em uma apresentaçáo no London Proms com a Filarmônica da BBC. A obra está disponível em CD, no ciclo Debussy/Ravel gravado por Tortelier. Em reconhecimento ao seu trabalho como regente titular da Filarmônica da BBC de Manchester entre 1992 e 2003, Tortelier recebeu o título de regente laureado e continua a trabalhar com a Orquestra regularmente. Nos últimos anos, tem regido importantes orquestras como a Sinfônica de Londres, Philharmonia e Filarmônica de Londres; Orquestra de Paris; as filarmônicas de Sáo Petersburgo, de Oslo, do Teatro alla Scala de Miláo, Rádio da Holanda e Orquestra Real Concertgebouw. Na América do Norte, apresentou-se com a Filarmônica de Los Angeles; as sinfônicas de Sáo Francisco, Baltimore, Pittsburgo, Montreal e Orquestra da Filadélfia. Seus compromissos recentes incluem novas apresentações com as orquestras de Pittsburgo, Dallas, Sáo Francisco, Baltimore e Saint Louis, assim como Sinfônica Metropolitana de Tóquio, Nacional da França e de Paris, Filarmônica de Dresden, Halle, e Sinfônica e Filarmônica de Londres. Entre 2005 e 2008, foi nomeado principal regente convidado da Orquestra Sinfônica de Pittsburg. SolistaXavier Phillips “ violoncelo – Primeira vez com a OsespNascido em Paris, em 1971, começou a estudar violoncelo aos seis anos e, aos 15, entrou para o Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, na classe de Philippe Muller, onde obteve o Primeiro Prêmio, em 1989. Conquistou diversos prêmios internacionais em concursos como de Belgrado, o Internacional Tchaikovsky em Moscou, o Rostropovitch em Paris e o de Helsinque. Seu encontro com Mstislav Rostropovitch foi determinante e marcou o início de uma longa colaboraçáo. Desde entáo, tem tocado regularmente com grandes orquestras como a Nacional da França, de Paris, de la Suisse Romande; as filarmônicas da Rádio França, do Teatro alla Scala de Miláo, de Nova York; e as sinfônicas de Berlim, Nacional de Washington entre outras, sempre a convite de importantes regentes como Riccardo Muti, Christoph Eschenbach, James Conlon, Marek Janowski, Serge Baudo, Vladimir Fedoseyev, Ion Marin, Kazushi Ono, Jesús López-Cobos, Eliahu Inbal, Georges Prêtre e Vladimir Spivakov. Obteve duas vezes a indicaçáo para o Choc da revista Le Monde de la Musique, além do Grand Prix du Disque pela gravaçáo de músicas de câmara de Albéric Magnard (Auvidis Valois). Xavier Phillips toca um violoncelo Matteo Gofriller de 1710, emprestado por um patrocinador suíço: a marca de café Blue de Brazil.  OsespDesde 1954, a Orquestra Sinfônica do Estado de Sáo Paulo (Osesp) trilhou uma história de conquistas, que culminou em uma instituiçáo hoje reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e excelência. Foi dirigida pelo maestro Souza Lima e pelo italiano Bruno Roccella, mais tarde sucedidos por Eleazar de Carvalho, que por 24 anos permanece à frente da Orquestra e deixa um projeto para sua reformulaçáo. Com o apoio do Secretário de Cultura e o empenho do Governador Mario Covas, em 1997 o maestro John Neschling é escolhido para assumir a direçáo artística e conduzir essa nova fase na história da Osesp.           A Sala Sáo Paulo é inaugurada em 1999 e, nos anos seguintes, sáo criados os coros Sinfônico, de Câmara, Juvenil e Infantil; o Centro de Documentaçáo Musical Maestro Eleazar de Carvalho; o Serviço de Assinaturas; o Serviço de Voluntários; os Programas Educacionais; a editora de partituras Criadores do Brasil; e a Academia da Osesp.                       Em 2008, a Osesp é indicada pela revista inglesa Gramophone como ”uma das três orquestras emergentes no mundo nas quais se deve prestar atençáo.Instituída em junho de 2005, a Fundaçáo Osesp administra a Orquestra, a Sala Sáo Paulo e, conseqüentemente as relações de trabalho de mais de 290 pessoas “ entre músicos, administraçáo e técnicos “ permitindo maior agilidade administrativa, ampliaçáo de parcerias e melhoria na qualidade dos serviços oferecidos.   ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO “ OSESP YAN PASCAL TORTELIER regenteXavier Phillips violonceloMAURICE RAVELAlborada del graciosoHENRI DUTILLEUXTout un Monde lointainHECTOR BERLIOZ

Sinfonia fantástica, Op.14

Dieser Beitrag wurde am Donnerstag, 28. Mai 2009 um 01:34 Uhr veröffentlicht und wurde unter der Kategorie Kultur abgelegt. Du kannst die Kommentare zu diesen Eintrag durch den RSS-Feed verfolgen.

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